quinta-feira, 17 de abril de 2014

A contradição de finalizar um ciclo (11.03.14)

Já aconteceu antes. Eu sabia disto. Mas achava que era o certo. Achava que era isso que eu queria. Ainda acho. Eu sei como é fácil enganar a mente humana. Então, não custa nada me enganar. Não é difícil fingir que não quero isso, pois cansei ou seja lá qual mentira eu queira inventar. Tanto faz. Mentir é fácil e simples. Eu desisto. 
Não preciso nomear, mas é fácil perceber como tudo foi uma obsessão. E eu sei que escrever isso é me contradizer, mas eu só estava me enganando antes. E isso é o que eu direi. Embora saiba que foi real. Usarei máscaras. Sem sentimentos. É fácil. Não é o que eu quero. Mas interpretar sempre foi mais simples. E interpretar alguém que cansa e resolve não sentir mais nada e se enganar é ainda mais previsível. E quando eu pensar em ser sincera, ler isto bastará. Será o suficiente para desistir. Eu desisto.
(Tu não te importas comigo, nem com ninguém. Tu simplesmente não sentes. Tu és como todos os outros. E não importa o quanto eu me esforce para que eles me amem, não adiantará. Não é possível forjar amor. Uma hora a interpretação cansará. Tu és igual. Então, quando tu pensares que me ama, pensarás sozinho. Não vou te acompanhar durante esse ciclo. Eu cansei, e tu cansarás. De novo. Eu desisto.)

Mais uma vez, eu desisto através da escrita. Eu eternizo isto. Dizendo que não voltarei e que nunca mais te verei com os mesmos olhos. A partir de agora, só sentirei pena de ti por não cresceres. Um dia crescerás. E eu não vou estar aqui por ti quando esse dia chegar. E tu nem me procurarás. Não é o nosso destino. Não é o meu papel nesta peça. A peça da nossa vida. Mas eu aceito. Eu desisto.